Arte, originária do latim que significa técnica, habilidade. Ligada às manifestações humanas de cunho estético ou comunicativo, refletindo traços da personalidade dentre outros sentimentos característicos do ser humano. Através da arte o indivíduo revela sua capacidade de criar e recriar, interpretar, manifestar sua visão de mundo, seu senso crítico, seu temperamento, seus valores e crenças, bem como sua habilidade técnica e criativa. Para Rubem Alves a arte é “a objetivação do espírito: uma ideia na cabeça que se torna um objeto”; e a inteligência “é a realidade virtual do objeto que se deseja construir”. “O pensamento só entra em ação quando provocado pelo desejo; é a ponte que se constrói entre o desejo e a coisa desejada. Criar, recriar faz parte de uma necessidade do homem sobre um determinado objeto”. Para ele a inteligência surgiu porque nosso corpo é incompetente. A flecha, a faca o machado, o pilão, a máquina, tudo isso são invenções próprias do homem para garantir sua sobrevivência. E educação “mexe com a cabeça”. É a “dança das ideias”, e o “corpo aprende coisas que estão ligadas a seu meio ambiente; com a sua cultura”. Desde a antiguidade, os povos já passavam seus ensinamentos às gerações mais novas de modo informal, objetivando garantir sua sobrevivência. Crianças e jovens, através de um processo de observação, imitação e participação, aprendiam polir granitos e fabricar instrumentos necessários à caça, ao trato dos animais, à obtenção de madeira para a fogueira e até mesmo à execução de cirurgias. Muito precocemente já fabricavam, com os adultos, os utensílios ou objetos domésticos e enfeites utilizados nos funerais e nas cerimônias religiosas.